O que é redespacho? Entenda os tipos e como funcionam!

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Entregas mais ágeis e eficientes, que abrangem todo o território nacional, são um desafio para qualquer loja online. Uma das formas de otimizar os prazos de entrega é justamente o redespacho, um tipo de contratação de frete que envolve duas ou mais transportadoras para agilizar o serviço e alcançar mais localidades.

Em nosso guia, explicamos resumidamente os tipos de contratação de frete, mas achamos que o redespacho merecia um post exclusivo, já que há várias nuances a serem consideradas. 

Neste post, você vai entender quais são os tipos de redespacho, como esse modelo funciona e que benefícios ele pode trazer para as empresas que contratam o serviço de entrega. Vamos nessa?

O que é o redespacho?

O redespacho de carga é um modelo de contratação de frete em que a transportadora aciona outros parceiros logísticos para cobrir o trajeto ou um trecho dele. Assim, ao receber uma demanda, a transportadora contrata outra empresa de logística para realizar uma parte do serviço.

Em outras palavras, há pelo menos duas transportadoras envolvidas no processo de entrega: a que foi originalmente contratada pelo embarcador, e uma empresa terceirizada pela primeira transportadora para realizar o serviço, ou pelo menos para percorrer parte do caminho em direção à casa do cliente.

Em alguns casos, pode existir também um redespacho intermediário, ainda mais complexo, em que uma terceira companhia é envolvida no processo (falaremos disso mais adiante).

Os principais objetivos do redespacho são: diminuir o prazo de entrega, atender áreas mais remotas e reduzir os custos envolvidos no transporte. Ele pode ser contratado para cobrir o início, o meio ou o final do percurso, ou até mesmo percorrer o caminho inteiro até o destino final. Tudo depende do tipo de redespacho, como veremos no próximo tópico.

Quais os tipos de redespacho?

Redespacho convencional

O redespacho convencional é o mais simples de entender. Nele, há duas transportadoras envolvidas: a primeira, contratada pelo embarcador para realizar a entrega de uma carga, e a segunda, terceirizada pela primeira para cobrir uma parte do trajeto. A vantagem é que as empresas de logística conseguem ampliar sua cobertura territorial e expandir sua atuação, conquistando mais clientes.

Para ficar mais claro, imagine o seguinte cenário: uma loja virtual contrata determinada transportadora para entregar os produtos ao seu consumidor, mas a transportadora não atende a região onde esse cliente mora. Nesse caso, para não perder o serviço, a empresa pode despachar a mercadoria para ser entregue por um parceiro que cubra aquela localidade.

Redespacho intermediário

O redespacho intermediário é um pouco mais complexo e exige um bom planejamento, já que não há duas, mas sim três transportadoras envolvidas em uma entrega. Nesse caso, uma terceira empresa de transportes é contratada para fazer parte do trajeto, uma solução normalmente adotada em entregas de longa distância.

O redespacho intermediário é muito utilizado em situações em que a prestadora responsável pelo serviço não atende integralmente o percurso e a segunda transportadora contratada só está disponível em determinadas regiões. Nesse caso, uma terceira empresa de transportes entra em cena para concluir a entrega.

Num exemplo ilustrativo, a primeira transportadora coletaria a encomenda e iniciaria o trajeto, percorrendo um trecho dele. A seguir, outra transportadora assumiria a carga e a levaria até outro ponto, onde a carga novamente mudaria de mãos e passaria a ser transportada por uma terceira empresa de logística, que realizaria a entrega.

Subcontratação

Por fim, a subcontratação nada mais é do que uma terceirização do serviço. Nesse tipo de contratação, não é a transportadora responsável pela entrega que presta o serviço: ela o terceiriza para outra empresa ao invés de usar seus próprios recursos para transportar a carga.

Nesse caso, a transportadora faz uma subcontratação, encarregando um parceiro para percorrer o trajeto. É essa empresa de logística terceirizada que realiza todo o processo, desde a coleta da carga até a sua entrega.

Em geral, a subcontratação é utilizada em circunstâncias atípicas, como redução da frota ou escassez de mão de obra. Ela também costuma ser muito adotada em períodos de alta demanda. Nesses casos, terceirizar pode ser o caminho para cumprir os prazos e dar conta de tudo.

Uma situação hipotética para ilustrar: imagine que estamos no período de Black Friday, com um aumento absurdo no volume de entregas. Como forma de suprir a demanda, as transportadoras podem subcontratar outra empresa de logística para realizar as entregas e evitar atrasos. Essa subcontratação também é um tipo de redespacho.

Como funciona o redespacho?

No redespacho, a transportadora responsável pelo serviço é chamada de redespachante. É ela que se compromete a realizar a entrega do produto ao consumidor final e, para isso, contrata os serviços de outros parceiros logísticos para auxiliar nesse processo. Já a empresa de logística que foi contratada pela transportadora para ajudar na locomoção é chamada de redespachada.

É importante ter em mente que, nesses casos, o vínculo do embarcador (uma loja virtual, por exemplo) é com a redespachante. Essa empresa deve se responsabilizar pela carga, garantindo que chegue sã, salva e dentro do prazo ao seu destino.   

A redespachada, por sua vez, não está vinculada ao embarcador. Seu contrato é com a transportadora que solicitou o serviço, e é a ela que deve prestar contas. Por isso, é importante que a redespachante tenha controle sobre todo o processo, rastreando e monitorando o trajeto e solicitando comprovação da realização do serviço pela redespachada.

Quando preferir o redespacho?

O ideal é optar pelo redespacho em circunstâncias excepcionais, como, por exemplo, quando a transportadora não dispõe de mão de obra suficiente para realizar o serviço.

Outro contexto em que o redespacho é útil é quando a transportadora tem uma área de entrega limitada. Nesses casos, é melhor adotar essa solução do que perder o serviço.

Ao optar pelo redespacho, a empresa consegue ampliar sua cobertura, ganhar novos clientes e cumprir os prazos de entrega mesmo quando o destinatário não está em sua rota.

Quais os benefícios de optar pelo redespacho?

Ampliação da cobertura

O redespacho permite que transportadoras com cobertura regional passem a atender outras localidades, ampliando sua área de atuação e ganhando condições de atender regiões mais afastadas.  

Mais oportunidades de negócios

Com a ampliação de sua abrangência, a transportadora ganha mais oportunidades de negócios, pois fica apta a realizar serviços fora de sua cobertura territorial e conquistar novos clientes.

Otimização dos prazos de entrega

O redespacho permite otimizar as entregas e diminuir os prazos, já que permite um planejamento logístico mais eficiente e contribui para agilizar os processos de transporte.

Satisfação do cliente

Com entregas mais ágeis, aumenta-se a satisfação do consumidor. Além disso, o redespacho também evita o cancelamento de pedidos devido à falta de cobertura em certas regiões mais afastadas.  

Redução de custos

Por fim, o redespacho pode gerar economia para a transportadora, já que reduz as despesas de combustível e manutenção do veículo que seriam necessárias caso a empresa percorresse o trajeto inteiro.

Quais os documentos necessários para o redespacho?

Toda operação de transporte, incluindo o redespacho, precisa estar documentada no Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), um documento digital que serve como comprovante fiscal para transações de transporte e frete.

Quando há redespacho, todas as transportadoras envolvidas no processo precisam emitir seu próprio CT-e, incluindo todas as informações acerca do serviço. A empresa redespachante deve citar a origem e o destino da carga e os valores dos tributos, enquanto a redespachada precisa informar o nome da empresa que a contratou no documento, além dos dados referentes à movimentação.

No caso de subcontratação, a transportadora contratante emite um CT-e a empresa subcontratada emite outro CT-e. Vale lembrar também que os comprovantes DACTEs (Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico) impressos precisam acompanhar a mercadoria durante todo o trajeto.

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Considerações importantes antes de optar pelo redespacho

Prazo de entrega

O cliente final não quer saber quantas transportadoras estão envolvidas no processo de entrega: o que ele quer é receber sua compra dentro do prazo. Por isso, ao fazer um contrato de redespacho, é preciso manter controle sobre as entregas, monitorando o processo e fazendo um bom planejamento logística para evitar atrasos.

Valor do frete

Também é importante atentar para o valor do frete no redespacho. É preciso administrar os custos de transporte de forma estratégica para evitar que o preço final seja alto demais e espante os clientes.

Rastreamento da encomenda

Com tantas empresas envolvidas na entrega, pode haver atrasos ou até extravios. Para evitar esse tipo de transtorno, é importante que a empresa redespachante rastreie as cargas ao longo de todo o percurso e exija a comprovação de que o serviço foi realmente realizado. Afinal, a responsabilidade pela entrega é dela!

Integridade da encomenda

Com a mercadoria trocando de mãos várias vezes até chegar ao cliente final, os cuidados devem ser redobrados! É preciso manusear e transportar as cargas de forma gentil e atenciosa, sobretudo quando se trata de produtos frágeis ou itens que necessitam de uma estrutura especial.

Requisitos do transporte

Além de entregar as encomendas dentro do prazo, é preciso assegurar que ela chegue em perfeito estado ao seu destino! Por isso, a redespachada deve contar com os recursos e equipamentos necessários para realizar a entrega, especialmente de itens que demandam cuidados específicos (por exemplo: produtos perecíveis que exigem refrigeração).

Padronização no serviço

Empresas diferentes têm processos diferentes, mas essa discrepância não pode afetar o serviço e prejudicar o cliente final. Por isso, a redespachante deve dar instruções precisas para que a redespachada siga o padrão estabelecido.

Documentos necessários

Por fim, como já explicamos, é preciso atentar para a documentação, que deve ser redigida com cuidado para evitar erros e problemas com a fiscalização. Cada campo do CT-e precisa ser preenchido com clareza, incluindo as informações específicas sobre o redespacho ou a subcontratação.

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